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Operações de day trade exigem gestão de risco para evitar perdas, adverte economista

 

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O mercado financeiro oferece diversos ativos aos investidores, seja para os mais conservadores, que não abrem mão da proteção para ter rentabilidade, até aqueles de perfil mais agressivo. De modo geral, o investidor procura o maior rendimento possível com o máximo de segurança. Mas quando se trata de operações de day trade, ou seja, a compra e venda de um ativo no mesmo dia com base na oscilação do mercado, a exposição aos riscos chega ao seu nível máximo.

“O day trade é recomendado exclusivamente para quem está disposto a correr maiores riscos em busca dos maiores rendimentos. Não se trata de ser melhor nem pior do que aqueles com perfil conservador, que preferem a renda fixa, por exemplo. São apenas perfis diferentes”, explica Sanzio Cunha, trader, CEO e sócio fundador da Lotus Capital. “Pessoas que não abrem mão da proteção não devem arriscar suas economias nesse tipo de negócio, porque o resultado pode ser catastrófico”, avisa.

Isso porque a carteira de investimentos no day trade sofre mais com a volatilidade do mercado. Uma forma de amenizar essa oscilação é investir em profissionais especializados em gestão de risco. “Esse procedimento consiste em maximizar as chances de rendimento e de minimizar os impactos das oscilações nas carteiras. Essa tarefa é feita com uma leitura minuciosa do mercado global”, salienta o CEO da Lotus.

“É preciso analisar os movimentos que ocorrem no exterior, acompanhar de perto a flutuação cambial, interpretar as ações governamentais de outras partes do mundo e, o mais importante, posicionar as carteiras com base nos efeitos dessas ondas na hora exata”, explica. Segundo ele, todos esses cuidados são ainda mais importantes porque há um timing adequado para fazer ou desfazer uma posição.

“Como é um mercado imprevisível, sujeito a muitas intempéries, a compra de um ativo com expectativa de valorização no decorrer do dia não vem com certificado de garantia. Seu preço pode crescer muito além das projeções mas, com as mesmas probabilidades, cair a níveis muito inferiores a que um trader pode resistir. Alguém que não tem total domínio do que está em jogo pode fazer mudanças apenas com base na intuição, no medo ou no entusiasmo. Esses são ingredientes que fazem aumentar consideravelmente o risco de perda”, analisa.

Por isso, Sanzio é taxativo ao apontar que vale a pena investir numa operadora que atua com gestão de risco, pois essa decisão pode atenuar as chances de perda. “A emoção, diante de uma volatilidade, tende a falar mais alto que as informações e as métricas, diferentemente do que ocorre com um gestor de risco. Quem encara essas operações como uma loteria acaba concluindo, muitas vezes a um alto custo, que o mercado financeiro é implacável contra o amadorismo”, conclui.

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