Avançar para o conteúdo principal

BIM é a maior inovação da construção civil desde a Revolução Industrial, afirma engenheira

 

freepik

O BIM, sigla de Building Information Modeling – ou, traduzida, Modelagem de Informações da Construção – foi instituído no Brasil somente a partir de 2018. Mas a revolução que vem provocando na construção civil faz do sistema uma plataforma integrada que reúne uma imensidão de informações técnicas das edificações, com uma riqueza de detalhes que permite uma participação conjunta e atuante dos profissionais envolvidos.

Isso modificou inclusive o modelo de trabalho das empresas de engenharia e de arquitetura, colocando todos os especialistas diante de uma mesma prancheta. São tantas alterações que, para Laura Paiva, BIM Manager e sócia da Projelet, empresa de engenharia e arquitetura especializada em soluções inteligentes para a construção civil, foi a maior revolução do setor em quase dois séculos.

“A implementação do BIM para os projetos da construção civil fez mudanças bastante profundas em todas as etapas da obra. Isso faz da plataforma a mudança mais significativa do setor desde que a Revolução Industrial contribuiu com o uso de maquinários nos canteiros de obras”, sustenta. “Tivemos importantes avanços, mas nenhum com a consistência de uma ferramenta que oferece economia de recursos, todos os detalhamentos do projeto e ainda a integração dos profissionais. É uma mudança em larga escala”, pontua.

Laura Paiva observa que o BIM trouxe um alto nível de otimização dos usos de matérias-primas e insumos, além de economia de tempo e de custos com materiais e empregados na construção. “Há uma nova dinâmica desde a implementação do BIM. O desperdício de materiais que acontecia antes, muito também em função da falta de comunicação entre profissionais, deu lugar a projetos que preveem minuciosamente tudo o que será empregado na construção. Estamos mais próximos de uma sustentabilidade que antes só ocorria com uma dose de coincidência”, revela.

Uma das vantagens do BIM, segundo Laura, é a integração de diferentes ferramentas usadas por arquitetos ou por engenheiros de setores específicos. São os casos do TQS, do Archicad, do Altoqi, do Revit, Autocad e do Navisworks que podem ser condensados dentro do próprio sistema. “É uma das vantagens da plataforma. Ele não foi criado para servir apenas para um segmento, mas para incorporar os diversos sistemas da edificação em um mesmo lugar. Essa é a essência dele, e o que o torna tão especial”, conclui.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Por que vale a pena aderir à energia solar residencial

Créditos: Freepik Para uma parcela cada vez maior da população brasileira, as contas de luz vão se tornando coisa do passado, e que não vão deixar nenhuma saudade. A dependência exclusiva de energia elétrica fornecida pelas concessionárias, como a Eletrobras, a Cemig ou a Enel, já há alguns anos perdeu força para grandes oportunidades de economia e até de bons negócios. O acesso aos painéis solares, inclusive residenciais, garantem energia mais limpa, mais econômica e até mais flexível. Isto porque o consumidor não precisa restringir sua estrutura aos quilowatts que lhes são necessários, mas instalar uma quantidade superior à demanda e repassar o excedente a outras instalações em seu nome, CPF ou CNPJ. Essa ideia vem transformando a maneira como os brasileiros se relacionam com este mercado, impactando inclusive os novos projetos imobiliários. Tanto que os sistemas de energia de matriz solar vêm crescendo exponencialmente em todo o país. Atualmente, existem mais de 2 milhões de painéis

Condomínio pode proibir acesso de hóspede do Airbnb?

Freepik   O Airbnb, aplicativo de hospedagens em residências, é um verdadeiro sucesso no Brasil. Já em 2018 eram mais de 3,8 milhões de usuários no país, segundo dados da própria startup. À época, o crescimento na rede de usuários era de nada menos que 71% em relação ao ano anterior. Realmente, para a imensa maioria das pessoas que já usou o app, é uma mão na roda: o usuário fica livre das diárias caras dos hotéis e, de quebra, tem a chance de se hospedar numa residência mobiliada e totalmente à sua disposição pelo tempo que quiser. O custo-benefício, portanto, é bem mais em conta. Mas tem um porém: em casos de condomínios, há moradores fixos preocupados com sua segurança, coisa que nem o Airbnb nem o dono do imóvel podem garantir. O entra-e-sai de pessoas desconhecidas, que usufruem da locação, muitas vezes criam um cenário de medo e de insatisfação entre quem tem o condomínio como residência. Até porque são pessoas que, no máximo, tendem a se preocupar com a disponibilidade do imóvel

Grupo Casa chega ao mercado com união de três negócios voltados à gestão e serviços para o atendimento condominial e imobiliário

“Desde a década de 60, nossas famílias possuíam dois negócios, uma imobiliária e uma administradora condominial. Sempre soubemos que estes negócios possuíam uma familiaridade muito grande, e que ambos demandam uma alta variedade de serviços e produtos auxiliares para a gestão. Em 2022, começamos a oferecer um serviço necessário para condomínios, emitindo certificados digitais, e foi um sucesso. Foi aí que colocamos a mão na consciência, e diante da nossa extensa expertise no ramo, decidimos criar um grupo integrando os três negócios, com intuito de ampliar a oferta de serviços e gerar sinergia entre os negócios”. Quem conta essa história é Pedro Xavier, engenheiro de produção da UFMG, pós graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral, e sócio-proprietário do Grupo CASA. A novidade é que os diretores decidiram unir seus negócios e criar o Grupo Casa, um conglomerado que raia para incorporar serviços que atendam diferentes pessoas, empresas e condomínios de todo Brasil. Além da