Joalysson Conrado, proprietário da Jeecler (foto: Rodolfo Duarte) |
Dados do Relatório Orgulho LGBTQIA+ 2023 apontam, ainda, que 38% dos
heterosexuais ouvidos pela pesquisa também preferem comprar em empresas que se
preocupam com a inclusão e representatividade da comunidade
Junho é considerado o mês do orgulho.
A data representa a luta pelos direitos LGBTQIAPN+ e a defesa da diversidade e
inclusão. No dia 28, é celebrado o Dia Internacional do Orgulho e o Brasil
possui um dos maiores mercados da comunidade do mundo, com potencial de compra
estimado em cerca de 400 bilhões de reais.
Sete em cada 10 pessoas LGBTQIA+
preferem comprar de empresas inclusivas, ou seja, marcas que demonstram apoio à
diversidade, através de campanhas de marketing com foco na representatividade
ou em projetos de impacto social e econômico. A estatística também aponta que
cerca de 38% das pessoas heterossexuais que fizeram parte do estudo tendem a
comprar de empresas que apoiam as causas. Os dados são do Relatório Orgulho LGBTQIAPN+ 2023.
De acordo com Joalysson Conrado,
designer de joias, fundador da marca Jeecler e criador da primeira aliança
LGBTQIAPN+ do mundo, o mercado da comunidade tem grande potencial e movimenta o
varejo nacional nos canais de venda online e offline. “O pink money, nome dado
ao poder de compra das pessoas da comunidade LGBTQIAPN+, faz com que as
empresas se voltem a esse mercado rico e com potencial. Hoje, muitas empresas
fazem ações voltadas ao público, que nem sempre são genuínas”.
Segundo o designer, o mercado está
mudando. “Os consumidores estão mais atentos aos posicionamentos das marcas,
evitando o pink washing, que é
justamente essa exploração do mercado sem a real preocupação com a comunidade.
A geração Z, por exemplo, é uma das mais atentas a isso, já que a população
LGBTQIAPN+ tende a ter um maior poder aquisitivo na sociedade, gerando um
grande impacto econômico aqui no Brasil”, diz.
Estima-se que cerca de 20 milhões de
pessoas façam parte da comunidade LGBTQIAPN+ no Brasil. De acordo com
levantamento da Nielsen, que mapeou o comportamento de consumo da comunidade no
país, o gasto médio do público chega a ser 14% maior do que no público
heterossexual no Brasil.
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